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Por dentro do chapéu

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segunda-feira, 12 de julho de 2010

O paraíso é aqui.

Desde que nasci tenho escutado que poderei alcançar o paraíso depois de morrer. Todas as religiões de uma certa forma pregam isso. Dizem também que se você tem que deixar de fazer um monte de coisas aqui pra que possa, como prêmio por ter deixado de ser você, fazer lá. Um exemplo claro que muito me apavora é aquele lance de defender determinada religião, até mesmo com a morte (sua e/ou dos outros que não professam o mesmo credo), será recebido no reino dos céus com não sei quantas virgens e muito ouro.
Estou cansada de ver tantas injustiças e tantas atrocidades cometidas em nome do deus que os homens resolveram criar. O deus do homem me cansou, bem como as palavras que dizem que ele disse. Não quero mais seguir este deus, que pra mim, nada significa. Quero hoje, poder me conhecer, e me conhecendo melhorar. Sim, evoluir enquanto ser, enquanto ente e enquanto mundo. Quero aprender a respeitar aqueles que não amo, e amar aqueles que respeito. Quero também me calar diante das asneiras que não puder combater e das loucuras que vierem a me consumir de forma destrutiva. Não sendo uma pessoa nula, mas sendo ativamente sabia, avaliando melhor quando devo agir, quando devo sair e quando devo parar.
Sou e não sou querida quase que na mesma proporção, e isso é normal. As pessoas tem o direito de me amar, mas também tem o direito de não me amar, de não querer estar comigo, de não gostar de como me comporto, de não querer me beijar, de não querer ser parte da minha vida ou de ser. Eu também tenho o mesmo direito, e o exerço de forma bem direta, as vezes cruel.
Enfim, sou eu, uma pessoa normal, que acredita viver em seu próprio paraíso, onde a imperfeição e o erro são as principais regras, tentando alcançar uma harmonia real com o todo que me cerca. Sou eu, uma pessoa real, que acredita no ser humano e na sua capacidade potencial de ser bom e justo, e que tem a certeza de que a maior parte da humanidade é boa e justa. Sou eu, uma pessoa qualquer, que na ânsia de “acertar” já cometeu inúmeras atrocidades verbais, e que decidiu não falar mais com as palavras dos outros. Sou eu, uma artista imatura, que busca crescer e transformar aquilo que nunca vai deixar de viver dentro de mim. Sou eu, uma criatura criadora, curiosa e sentimental, que tenta se melhorar pelo amor e pela fé nos homens, através de atos mais responsáveis e pesados, e porque não, apaixonados também? Sou eu, uma Neska em férias, que tem tempo pra viver suas próprias idéias e colocar em prática as coisas em que acredita.
Sou eu, uma mulher que se recusa a deixar de ser menina, e se sente muito feliz, cercada por suas telas, seus desenhos, seus textos, seus amores, mergulhada em sua consciência afim de desenvolver o respeito por tudo, com um livro em uma das mãos, uma colher de brigadeiro na outra e um sorriso largo no rosto, satisfeita por poder estar, vivenciando na terra, o paraíso prometido do céu.

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